Matar! é uma obra de Chrysantheme que se insere no contexto da literatura portuguesa do início do século XX, marcada pela análise social e psicológica das ações humanas. A narrativa acompanha personagens em situações extremas, explorando conflitos morais, decisões violentas e as consequências dessas escolhas sobre a vida individual e coletiva. O livro não apresenta um enredo linear tradicional, mas organiza-se em episódios interligados que revelam tensões éticas e existenciais, muitas vezes com impacto direto sobre a comunidade onde os personagens vivem.
A obra aborda temas centrais como violência, justiça, moralidade e responsabilidade pessoal. Chrysantheme constrói suas personagens a partir de dilemas internos, mostrando como paixões, medos e desejos podem levar a decisões drásticas. Cada episódio funciona como um estudo do comportamento humano sob pressão, expondo as fragilidades, contradições e limites da consciência moral.
O texto também traça críticas sutis à sociedade de seu tempo, evidenciando desigualdades, preconceitos e tensões sociais que contribuem para o desenvolvimento das ações extremas. Ao longo da narrativa, o leitor é levado a refletir sobre as motivações que conduzem os personagens à violência, o impacto de suas escolhas e o sentido da justiça em um contexto marcado por conflitos éticos.
Chrysantheme, pseudônimo de Maria Amália Vaz de Carvalho Júnior, destacou-se na literatura portuguesa por abordar questões morais, sociais e psicológicas com sensibilidade e rigor. Suas obras combinam observação crítica da sociedade com uma exploração detalhada da psique das personagens, tornando-a uma voz relevante e singular da literatura portuguesa do início do século XX.