No tempo do exílio do povo Canela. (Eduardo Q. Galvão)
Etapa de choro alto,
de desespero,
de corpos inertes
nas esteiras de palha de buriti.
A terra estranha,
carrasco seco, triste,
de fome e doenças.
Nos voos rasantes das aves noturnas,
gritos de desespero
pelo mau presságio, de morte.
Pela manhã a procissão de aflitos,
para enterrar os entes queridos
em covas rasas protegidas por jiraus de madeira ressequida.
O som de cabaça indígena, flauta rústica, nostálgico,
reboava nas noites escuras
doloridas de saudade."