A prestigiada historiadora Profa. Dra. Maria Izilda Santos de Matos aborda a construção das masculinidades priorizando uma perspectiva histórica e focalizando a primeira metade do século XX. Destacam-se questões como alcoolismo, trabalho, representações, corpos, subjetividades, sensibilidades e emoções. A obra inicia apresentando discussões sobre os estudos de gênero, masculinidade hegemônica, sensibilidades e subjetividades, recuperando a produção sobre essas temáticas na historiografia e nas Ciências Humanas e Sociais. Na sequência, analisa-se a "questão do alcoolismo", dialogando com uma ampla documentação médico-higienista-sanitarista-eugenista. Os discursos referentes às campanhas antialcoolismo foram empreendidos por várias instituições, dirigiam-se aos homens, em particular, os populares, construindo uma trama de relações entre trabalho-família-violência-crime, que reforçavam e difundiam padrões hegemônicos de masculinidade e no contraponto do "não-dever-ser" masculino – o alcoólatra.