Em toda a arte da pintura, dos primitivos aos grandes mestres italianos, flamengos, franceses e alemães, há o gênio do artista que se esmera numa homenagem à Rainha do Céu. Monumento de história e muitas vezes objeto de arte, a moeda oferece farto material a um estudo iconográfico da Virgem e assinala a homenagem de Reis, Príncipes, Duques, Condes, Barões, Bispos e Abades à Soberana Senhora. Percorrendo as séries numismáticas cristãs admira-se a intensidade da devoção a Maria. Nem sempre esta manifestação se enquadra dentro do que se chama arte. Nas primeiras moedas, trabalho rudimentar e sem técnica, obra de rudes artífices, sem nenhuma arte o que se expressa é o sentimento religioso. Já no século XIII há mais apuro na gravura e mais cuidado na feitura da peça, prelúdio do renascimento do século XV, que floriu com verdadeiras obras de arte de gravura monetária.