Os marcos institucionais de poder, na medida em que estes se distinguem dos monumentos arquitetônicos, dos marcos cívicos e do patrimônio ambiental, caracterizando uma categoria própria de objetos a serem discutidos no âmbito das cidades, necessitam ser contemplados como objetos específicos de análise por urbanistas, sociólogos, gestores culturais e representantes da classe política comprometidos com o conceito de cidade para todos. Tem sido parte da estratégia de comunicação de organizações e de clubes de serviços a utilização do espaço público para a difusão de valores institucionais privados, mas sua inserção no ambiente urbano não deve ser considerada um dado natural da ocupação de nosso campo visual. Por meio da reflexão sobre a legislação de uma cidade específica e sobre os conceitos ligados a essa área de estudo, este livro procura entender o porquê de as cidades considerarem aceitável que algumas organizações possam estabelecer bandeiras simbólicas no espaço urbano e qual a relação dessa política com o interesse público.