No conto "Marcha fúnebre", Machado de Assis conduz o leitor pelos pensamentos do deputado Cordovil, que, ao se deparar com uma sucessão de mortes à sua volta, passa a desejar uma partida rápida e sem sofrimento. No entanto, o que começa como um devaneio íntimo transforma-se em obsessão silenciosa, marcada pela ironia e pelo contraste entre o desejo de morrer e a permanência da vida. Com estilo preciso e crítico, o autor mergulha no tema da morte para revelar a fragilidade das vontades humanas diante do acaso.