Marcas humanizadaslança um novo olhar sobre a ciberpublicidade, compreendendo-a como uma ferramenta de inserção das marcas no ambiente de sociabilidade específico dos sites de redes sociais. O livro versa sobre o processo de humanização das marcas nesses ambientes, cujo objetivo principal seria oferecer aos sujeitos mais um ator social disponível à conversação, interessante e relevante o suficiente para envolver-se em diálogos espontâneos, divertidos, que transcendem o objetivo comercial comumente atribuído às estratégias publicitárias. Para isso, a autora cria o conceito de "self da marca", que compreenderia a construção do eu marcário em busca de interações sociais com seus públicos. Quando nasce no ambiente digital e se coloca disponível à interação, portanto, a marca se humaniza e deixa evidente o seu self: uma construção identitária que se sujeita aos mesmos princípios normativos que direcionam as relações entre seres humanos. Seria, então, possível pensar na marca como mais um indivíduo? A ela caberia interagir, construir sua identidade e suas relações com base nos mesmos artifícios disponíveis às pessoas? Obedeceria a marca ao mesmo sistema social, no qual a teatralidade da vida cotidiana, os rituais e os padrões de comportamento influenciados pela cultura são o alicerce dos processos interacionais?
Marcas humanizadas é, portanto, uma jornada pela comprovação dessa hipótese. A partir de pressupostos da Sociologia e da Análise do Discurso e do contexto da comunicação digital, a autora tenta perceber as marcas para além dos desígnios mercadológicos, concebendo-as como sujeitos iguais a todos nós: que se colocam disponíveis à interação em busca de relevância, experiências positivas e participação no seio social.
O livro é essencial para profissionais, estudantes e pesquisadores das áreas de Comunicação, Publicidade e Marketing, pois insere perspectivas atualizadas sobre as estratégias de marca e os desafios trazidos pelo ambiente digital e pela cibercultura.