Rask, um estudante de universidade pública, proveniente da elite, vive num bom apartamento com Ingrid, também universitária e filha de sindicalistas, e um recém-nascido não-planejado. Entre o dilema da realização dos sonhos e a necessidade de ter um emprego para não mais depender de mesada, a relação do casal se deteriora, diante da incapacidade de aceitação da vida adulta e pelas intermináveis discussões políticas quase sempre ligadas à noção de família e classe social.
Para fugir das responsabilidades de provedor, Rask falta às aulas e refugia-se nos bares dentro do campus onde mantém uma relação de afeto e identidade com um garçom pouco simpático. Como o filho parece, a cada dia, mais distante e rebelde, os pais de Rask buscam meios de trazê-lo de volta ao seio da família para assumir seu real papel, mesmo que isso custe o término da relação com Ingrid.
Num ambiente universitário, cujo pensamento dominante nos diretórios e centrais de estudantes tem estreita proximidade com o politicamente correto, Rask passa por questões existenciais entre a família rica, a companheira e a universidade, até que circunstâncias inesperadas e fabulosas sucedem com um único objetivo: convencê-lo de que o retorno ao lar familiar é o caminho mais sensato.
No dia do seu aniversário, Rask ganha um presente de grego. Uma empresa especializada em reconfiguração da conduta é contratada para ele alinhar seu comportamento às expectativas dos pais, mas, no meio do programa, um acidente ocorre e o que era para ser uma viagem tranquila e cheia de prazeres sensoriais vira um pesadelo labiríntico em que a certeza se evapora. A única forma de rejeição ao condicionamento é pela resistência contra a empresa, buscando suas origens e lidando com questões pessoais até então sufocadas inconscientemente.