"Não se nasce mulher; torna-se mulher." A frase de Simone de Beauvoir, extraída da obra O segundo sexo, publicada em meados do século XX, atravessou o tempo e ainda se mantém atual nas primeiras décadas do século XXI. No livro, a filósofa francesa defende a tese de que a mulher não é determinada por sua origem biológica, mas pela forma como é moldada — e muitas vezes limitada — pelos papéis de gênero a ela atribuídos e que são atravessados pelo patriarcado.
Por meio de uma intensa pesquisa bibliográfica e da revisitação de suas memórias, histórias e vivências nos campos da psicanálise e da sexologia, Bruna Ramos da Fonte reflete em seu novo livro sobre o que é ser mulher no século XXI, corroborando a tese de Simone de Beauvoir, que desmistifica o caráter biológico do que, na verdade, é fruto de papéis sociais fomentados para controlar nosso corpo e imaginário, mantendo-nos dóceis e submissas.
Nas páginas do Manual da Mulher Moderna, a autora convida suas leitoras, por meio de exercícios de Escrita Terapêutica, a um processo de autodescoberta e desconstrução desses papéis, para que elas possam, finalmente, se tornar as mulheres que desejam ser.