A única coisa com a qual me preocupo é estar inspirado, é querer fazer, é saber o que
fazer e como estará no final antes mesmo de ter terminado. A ideia nua e crua,
vagando indesatável na imensidão dos mundos inconscientes de nossas completas
imaginações. Você sabe do que falo, sabe, sim, que passaria até fome por algumas
ideias, atingiria todos os limites perscrutados pelos artistas que vieram antes de nós e
dos que são nossos contemporâneos. Estamos dispostos a nos sacrificar de fato, para
nossas ideias ganharem vida, para nossas artes serem observadas apenas. Apenas o
olhar, nada mais. Apenas para que saibam que estamos aqui, e a fazer arte, a viver a
todo momento com os brilhos nos olhos, não de felicidade, mas de esperança que
ainda seremos olhados.