Esta obra analisa as contribuições de Manoel Francisco Correia Neto para a institucionalização da instrução pública primária e sua compreensão sobre o tema entre os anos de 1873 a 1894. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, vinculada à área da História da Educação que buscou investigar as ações políticas de um intelectual que, apesar de ser envolvido com as problemáticas de seu tempo e ter produzido obras importantes, é pouco conhecido no meio acadêmico contemporâneo. Compreende-se que sua defesa em prol dessa instrução foi abrangente e provocou muitos debates e lutas entre os parlamentares brasileiros. Nessa seara, o Estado foi "convidado" a se responsabilizar pela educação, tornando-a pública, laica e obrigatória para todos, uma vez que o período em questão estava passando por uma série de mudanças na economia, na política, na vida social e na administração imperial, como consequência das transformações no mundo do trabalho, ocasionadas pela decadência do regime escravocrata, no final do século XIX. A análise permitiu concluir que as ações desenvolvidas por Correia Neto estiveram ligadas à formação educacional da época retratada. Nessa projeção, a concepção de educação deveria contemplar várias dimensões (físicas, morais, intelectuais). Esse tripé formaria o aluno integralmente, tornando-o apto para contribuir com o progresso da nação brasileira.