Manguebeat: a cena, o Recife e o mundo trata de um dos acontecimentos musicais mais interessantes do final do século XX no Brasil. Descrever o manguebeat como "acontecimento" é uma maneira de contornar a polissemia da palavra, sublinhada por Luciana Mendonça já na introdução do livro: visto ora como "ritmo" ou "gênero" musical, ora como "movimento", ora ainda como "cena", ele é um pouco de cada uma dessas coisas, sem se restringir a nenhuma delas. Ninguém duvide, porém, que o manguebeat "aconteceu", como se diz de um artista que "finalmente aconteceu": entrou nas conversas, nos circuitos, nas escutas; deixou (e continua a deixar) uma marca; deixou (e continua a deixar) o mundo (e não só a música) diferente do que era antes.