Neste romance perturbador e polifônico, terrível e hipnótico, Mónica Ojeda recria um mundo do feminino monstruoso, impiedoso e sem limites, onde perigo e desejo reinam como uma fascinante deusa de duas cabeças.
Fernanda, uma insolente estudante do Ensino Médio apaixonada por literatura e filmes de terror, acorda com os pés e as mãos amarrados em uma cabana no meio da floresta. Sua sequestradora, entretanto, não é uma estranha. Trata-se de Miss Clara, a professora de Literatura, uma mulher assombrada pela memória da própria mãe e assediada durante meses por suas alunas do Colégio Bilíngue Delta, uma escola católica de elite. Rapidamente, os motivos do sequestro se revelarão muito mais complexos e sombrios do que a vingança pelos traumas sofridos pela professora.
Com um texto imaginativo e surpreendente, a equatoriana Mónica Ojeda cria neste romance não apenas personagens desconcertantes, mas também uma ambientação perturbadora para uma narrativa de nuances e contornos tênues entre o horror, o desejo e a perversidade, investindo nas relações de professoras e alunas, mães e filhas, irmãs e amigas do coração.
Aqui, o medo e sua relação com os laços familiares, a sexualidade e a violência que espreita o amor estão expressos, várias vezes literalmente, por meio da mordida feroz e do ataque quase sexual, das brincadeiras dolorosas e da confiança quase dependente entre meninas e mulheres que se conectam, mas também se (a)traem. O rapto revelado já nas primeiras páginas será apenas o começo de uma jornada aterradora e viciante pela escrita de Mónica Ojeda.
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"Mandíbula é o terceiro romance de Ojeda e a prova irrefutável de sua maestria para contar histórias tecidas com saliva, sangue, pesadelos e rosários de dentes de leite."
MARÍA FERNANDA AMPUERO – El Telégrafo
"Um impacto literário, estético e emocional "
MARIANA ENRÍQUEZ – Escritora e jornalista argentina