Mainstream é resultado de uma vasta pesquisa de campo conduzida por Frédéric Martel em 30 países durante cinco anos. Ele entrevistou mais de 1.200 pessoas em todas as capitais do "entertainment", analisou a ação dos protagonistas, a lógica dos grupos, e acompanhou a circulação de conteúdos em cinco continentes. Ele demonstra que, se os produtos mainstream não são necessariamente artísticos, as estratégias que permitem sua criação e difusão são igualmente fascinantes. "Foi declarada a guerra mundial de conteúdos. É uma batalha nos meios de comunicação pelo controle da informação; nas televisões, pelo domínio dos formatos audiovisuais, séries e talk-shows; na cultura, pela conquista de novos mercados através do cinema, da música e do livro; e finalmente é uma batalha internacional de troca de conteúdos pela internet", afirma o pesquisador. No cerne dessa guerra está a cultura mainstream. Novos países emergem com seus meios de comunicação e seu divertimento de massa. A internet multiplica por dez o seu poderio. Tudo se acelera. Na Índia, no Brasil, na Arábia Saudita, luta-se pelo domínio da web e pela vitória na batalha do "soft power". Todos querem controlar as palavras, as imagens e os sonhos.