Destituída de sabor, a memória é canal de dados. Sensações (aromas, afagos, sabores) distinguem momentos vividos. Emoções presentes ativam experiências rememoradas. Movidos pelo agora, retomamos, rearranjamos, narramos. Norton da Rosa Jr., em Magnólias 57, estabelece diálogos entre o narrador e o leitor. Conflitos passados desfilam como experiências revividas. A narrativa colore-se com as cores do arco-íris, reflexo de fenômenos luminosos ocorridos em outro lugar. Ao acompanhar a narrativa, resistimos ao processamento de dados, interessado em atingir o consumidor. A narrativa faz da biopolítica biografia.