O livro Mãe de criança com autismo, inclusão e educação infantil: processos da subjetividade contemporânea apresenta uma reflexão crítica à luz da Teoria da Subjetividade de González Rey e Mitjáns Martínez (2017), considerando o Transtorno do Espectro do Autismo para além da patologia. A proposta da obra é discutir o fenômeno do autismo em sua dimensão cultural e histórica e o peso social que o diagnóstico traz para a construção de crenças e valores a respeito do autismo e da pessoa com autismo, destacando o papel da mãe na inclusão escolar da criança na educação infantil. Trata-se de uma obra que lança um novo olhar para as questões imbricadas na vivência da mãe ante o diagnóstico de autismo do filho, apontando aspectos culturais e históricos que atravessam os espaços sócio relacionais de atuação dessa mulher. Tópicos como a tradição biomédica, as implicações do duplo rótulo de transtorno e deficiência para o autismo, a inclusão educacional da criança com diagnóstico na Educação Infantil e a relação família/escola são abordados como processos imbricadamente complexos que devem ser visibilizados. O livro traz principalmente o caráter propositivo de compreender as singularidades subjetivas, culturais e sociais que atravessam a vivência de maternar um filho com diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo.