Uma dançarina e prostituta, na iminência de sua morte, aproveita-se de um encontro fortuito com um estranho para lhe narrar suas desventuras, onde segredos, pecados e crimes são revelados como numa confissão que se faz urgente. A necessidade premente desse desabafo é devida, em parte, ao seu precário estado de saúde, e de maneira contundente, a um sentimento de culpa que dilacera seu espírito. Para o estranho, cabe lhe mais participação neste contexto que a simples condição de ouvinte desta inusitada narrativa. Nesta, o caráter dramático é suplementado pelo caráter trágico. A partir desta experiência, ele deve inferir até que ponto esta contribui na compreensão e elucidação de seu próprio drama.