Em sala de aula, recursos e materiais têm sido utilizados nas diferentes disciplinas a fim de tornar o processo do ensino e da aprendizagem mais eficaz. Em que pese a emergência de outras formas de acesso ao conhecimento e à aprendizagem, como a internet, a importância do livro didático se mantém quase invariável. Pode-se perceber a existência de diversas políticas públicas dedicadas aos livros didáticos e, junto a elas, as que têm como objetivo a seleção e avaliação de obras, para circularem nas escolas, que estejam dentro de padrões de "qualidade" desejados.
Processos de avaliação de manuais didáticos existem no Brasil desde a segunda metade do século XIX. A fim de avaliar a qualidade desses livros, pareceres de obras didáticas foram elaborados e utilizados para decidir quais delas deveriam ser usadas e/ou mantidas na escola. Este livro se dedica a identificar, a partir da leitura desses pareceres, quais critérios eram empregados para julgar e decidir quais livros poderiam ser aprovados. As fontes principais são livros didáticos de Matemática, jornais e documentação manuscrita do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro do século XIX.