"Eu não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno." (Jo 17,15). Este pedido se torna um versículo chave quando tratamos dos assuntos relacionados ao demônio e à sua existência. Se a existência do demônio não fosse algo tão importante ao modo de ver de Jesus, Ele não rezaria ao Pai para que o Pai nos livrasse do maligno – mas Jesus sabia da importância e das ações do demônio, e por isso rezou ao Pai para que sejamos guardados, mostrando-nos, assim, a relevância do assunto.
Este versículo se torna ainda chave para respondermos às diversas pessoas que afirmam que o demônio não existe. Afinal, se ele não existisse, estaria Jesus mentindo? Qual seria o fundamento de Jesus rezar ao Pai sobre uma realidade que não existe? É óbvio que Jesus mostra, com este pedido, que a dimensão do combate espiritual com as forças diabólicas não poderia ser esquecida.
E, se precisamos ser guardados pelo Pai, é porque corremos algum tipo de risco; se precisamos ser guardados, não convém que fiquemos expostos ao mal. Ao longo destas páginas, o autor, usando um estilo muito coloquial, didático e catequético, vai nos ajudando, passo a passo, a perceber quem é o demônio e como ele atua na história dos homens, oferecendo-nos, simultaneamente, os remédios adequados para podermos sair vitoriosos desta batalha espiritual em que vivemos.