Escrever é abrir portas e janelas. É permitir que a claridade entre de pouquinho em pouquinho. É deixar-se iluminar. E depois que as coisas estão se ajeitando por dentro, chão esfregado, móveis reformados, roupa mais lavada do que no cesto, vai aparecendo gente, batendo na porta, pedindo para entrar. Ou será que vai dando coragem de convidar?
Este livro é um ensaio, bem despretensioso, dessa vontade de abrir minha casinha para contar histórias: antigas, novas e inventadas. Um singelo convite a olhar diferente, pela mesma janela da vida, as coisas simples do mundo. Descobrir, juntos, que a poesia torna tudo mais lindo e leve, não porque nos tira da realidade, mas porque nos ensina a ver os detalhes incríveis dos seres, das criaturas e das individualidades.