Bartolomeu Campos de Queirós viveu sua infância em Papagaio, cidade pequena com gosto de "laranja-serra-d´água", no interior de Minas Gerais, antes de se instalar em Belo Horizonte, onde residiu e trabalhou. Seu interesse pela literatura e pelo ensino de arte o fez viajar muito por este país. Conheceu as cidades apreciando azulejos e casas pacientemente – um andarilho atento a cores, cheiros, sabores e sentidos que rodeiam as pessoas do lugar –, com o mesmo encanto na alma com que observava os rios da Amazônia, dos quais costumava sentir saudades em Minas. Bartolomeu só fazia o que gostava, não cumpria compromissos sociais nem tarefas que não lhe pareciam substanciais. Dizia ter fôlego de gato, o que lhe permitiu nascer e morrer várias vezes. "Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar, como sou forte o suficiente para uma palavra me ressuscitar." Em 1974, publicou seu primeiro livro, O Peixe e o Pássaro; desde então, firmou seu estilo de escrita com uma prosa poética da mais alta qualidade. Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios, entre eles, o Jabuti, uma das maiores condecorações literárias do país. Bartolomeu faleceu em Janeiro de 2012, com 67 anos, em decorrência de insuficiência renal, deixando sua obra como maior legado. Pela Global Editora publicou as seguintes obras: As Patas da Vaca, História em 3 Atos, O Ovo e o Anjo, Somos Todos Igualzinhos, Cavaleiros das Sete Luas, Ciganos, De Não em Não, Flora, Indez, Ler, Escrever e Fazer Conta de Cabeça, Mário, Menino Inteiro, O Livro de Ana, Os Cinco Sentidos, Para Criar Passarinho, Rosa dos Ventos e Pedro.