Nestas Leituras Afro-Brasileiras, somos convidados a percorrer novas veredas do processo transatlântico da escravidão. São veredas que nos revelam os dispositivos do longo período escravista, ampliando as interpretações da experiência da diáspora atlântica; são estratégias, resistências, sentires, saberes e corpos negros que na busca pela liberdade criaram a música, a palavra, a dança, os gestos, os espaços e as formas de morrer em contraponto ao racionalismo do colonizador. São veredas, que no tempo presente se tornam tão urgentes, em que o passado é recriado de forma a se tornar interferência política, social e cultural no presente – o terreiro da potência de vida para as memórias-corpo negro-africanas. (Marcos Vinícius de Souza Verdugo, doutorando em Ciência da Religião na PUC-SP)