Pequenas crônicas poéticas escritas por Lino Porto ao longo de sua vida e compiladas no ano de 2022, retratam seu convívio com mendigos e pedintes da vizinhança, comparando-os a pobres poetas: uns são andarilhos reais, de carne e osso, enquanto outros são lazarones de alma, a mendigar em busca de um lugar ao sol poético, contentando-se em sobreviver de migalhas, literárias ou literais. Em comum entre eles, a Liberdade: liberdade de ir e vir, liberdade de registrar em versos o que lhes der na telha. Ou, ao menos, a liberdade de viverem à margem de um Estado cada vez mais opressor. Até quando durará esse único requinte que lhes resta?