Adverte-se o leitor para um dado da região amazônica: "as distâncias são calculadas em dias de barco". Esta observação de Elza Vitória de Sá Peixoto Pereira de Mello retrata a complexidade de tratar do acesso à justiça, sob a atual perspectiva da dimensão digital no período (pós) pandêmico. Sem romantizar o tema, os trabalhos apresentados enfrentam as dificuldades de acesso à justiça, que reclama não só a (pré)existência da estrutura estatal, in casu, do Poder Judiciário, como, na sua essência, também dos meios para a sua concretização. Os Autores são servidores públicos das carreiras jurídicas no extraordinário Estado do Amazonas, o que torna a pesquisa acadêmica com rica interação interdisciplinar. Como afirma Tercio Sampaio Ferraz Junior: "repensar um tema é pensá-lo problematicamente, é partir de um problema para problemas cada vez mais amplos e abstratos". Bem por isso, repensar a efetivação do acesso à justiça é tarefa que apresenta múltiplas frentes.