José Coriolano: Poesias selecionadas trata, sobretudo, de um resgate, uma reparação histórica. Força o leitor a meditar como a educação e a cultura vem sendo tratada em nosso País. Em qualquer outra nação, José Coriolano de Sousa Lima (1829-1869), seria um autor ovacionado e apresentado, com orgulho, às novas gerações. Apesar de ter se dedicado integralmente a literatura, estranhamente, seu empenho teve um efeito contrário. Foi um pretenso nome para constar nos livros de história e de literatura, entretanto, não é (re)conhecido, citado ou estudado. Mesmo com valor literário indiscutível, corre o iminente risco de entrar para o ostracismo total. Imaginem se Portugal não publicasse as obras de Camões e Fernando Pessoa. A Inglaterra não publicasse as de Shakespeare. O Brasil não publicasse as de Machado de Assis e Drummond. O retrocesso humanístico seria irreversível, e o mundo estaria minguando por mais alguns míseros anos de existência, por conta das piores agruras possíveis e consequências funestas dos horrores das guerras. São, portanto, cerca de mais de uma centena de poesias, desse poeta chamado de J. Coriolano, que cantou o amor, Deus, a natureza e sua terra em versos dignos de serem exaltados por toda a nação.