<p><strong>Autor homenageado da FLIP 2024,</strong></p>
<p>João do Rio foi o mais jovem escritor eleito para a Academia Brasileira de Letras, aos 29 anos. Nascido João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, era filho de um homem branco, professor, e de uma mulher preta, escrava alforriada; sofreu com o preconceito, mas soube lutar por seu espaço no jornalismo e na literatura brasileira.</p>
<p>Admirador de Oscar Wilde, traduziu sua obra e disseminou suas ideias e estilo de vida pelo Rio de Janeiro – o que trouxe comparações e especulações sobre suas preferências sexuais, aumentando ainda mais sua fama de personalidade provocadora e contraditória.</p>
<p>Como muitos no início do século XX, teve uma vida breve (morreu pouco antes de completar 40 anos), todavia, o suficiente para ser tornar um imortal, escrevendo muito e bem: contos, crônicas, romances e peças de teatro. Sua obra inclui 25 livros e milhares de textos publicados. Alguns deles, especialmente selecionados nesta obra para deleite dos leitores.</p>
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<p><em>“João do Rio foi um cronista atento e lírico das transformações vividas pela antiga capital do país durante a Belle Époque, período em que a cidade tentava acertar o passo com a Europa. O escritor retratou tanto os hábitos dos ricos quanto a vida dos pobres.”</em></p>
<p>Ruan de Sousa Gabriel, <em>O Globo</em></p>
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<p><em>“Muito se diz que a crônica é um gênero totalmente brasileiro. Vem um pouco da tradição do ensaio, claro, mas aqui ganhou pitadas de humor, de observação sagaz. João do Rio, como um dos pioneiros, foi além: registrou a história de uma cidade que se transformava, e não é exagero dizer que ele fez uma etnografia no início do século.”</em></p>
<p>Ana Lima Cecilio – curadora da Flip 2024</p>