<p>"Para contar a história de Isabel, catei migalhas de sua corajosa honestidade, fiz delas uma ração íntima e, regando o banquete com goles de sua mais reluzente qualidade, tomei a... liberdade."</p>
<footer>— Pedro Bial</footer>
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<p>Isabel Salgado, a Isabel do vôlei, conquistou bem mais do que medalhas: deu ao Brasil uma nova maneira de acreditar em si mesmo. Seu compromisso com o coletivo era tamanho que ela foi convidada a ser Ministra do Esporte, mas partiu de forma inesperada, antes que pudesse assumir o cargo.</p>
<p>Amigo íntimo e testemunha de sua trajetória, Pedro Bial costura em <em>Isabel do vôlei da vida</em> uma biografia que é também uma carta aberta; um tributo apaixonado a quem fez da honestidade sua medalha mais reluzente. Dentro de quadra, Isabel foi pioneira, abrindo portas na Europa e impulsionando o vôlei feminino à elite mundial. Fora dela, não se rendeu à neutralidade: falava o que outros temiam dizer e intervinha onde preferiam se ausentar, combinando força com uma ternura que parecia infinita.</p>
<p>Embora tenha partido cedo demais, Isabel deixou, em cada gesto, uma lição de coragem, generosidade e justiça, a prova de que um Brasil mais humano é possível, se cada um ousar ser Isabel ao menos uma vez.</p>
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