Encontrando ensejo nas manifestações que ficaram conhecidas como Jornadas de Junho, deflagradas em 2013, alguns jovens ganharam projeção no cenário político brasileiro. Eles já estavam previamente organizados, manejavam as redes sociais e passaram a replicar táticas já utilizadas nos Estados Unidos. Diziam-se libertarianos – anarcocapitalistas, os mais radicais – e vinham de treinamentos e intenso intercâmbio em think tanks, que atuam numa rede em expansão vendendo o livre mercado como fórmula mágica para resolver todos os males sociais. No epicentro dessa rede estão os irmãos Koch, bilionários do setor petroquímico, que financiam think tanks e intelectuais difusores do libertarianismo por meio da prática de uma espécie de "filantropia" que os consolidou como verdadeiros plutocratas. Assim, os Koch encontraram na educação da juventude um meio promissor para a construção de sua visão de mundo como algo inevitável e natural.