No serviço de Mastologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), as pacientes sofrem com o advento de uma doença que pode ser fatal e que comporta em seu tratamento alterações brutais em seus corpos, como a perda dos cabelos, dos seios, etc. em suas falas associam o câncer a algum sofrimento psíquico como perdas anteriores, separações, punições por erros cometidos. A dificuldade de adesão aos tratamentos, a recusa de se submeter a procedimentos tão agressivos, a salvaguarda da integridade física se interpunha entre o tratamento e a vida. Tal situação fazia emergir indagações acerca do papel do ego no adoecimento e do papel do narcisismo na aceitação do tratamento e/ou da morte.