A história se passa em 2049, em Cristal, capital do Rio Pequeno do Norte, província da Andiroba, país colado ao Brasil. O romance começa com três amigos reunidos num barzinho. Um deles é excêntrico escritor, outro é professor, e o terceiro é revisor. A reunião no barzinho é para o escritor contratar o terceiro a fim de revisar a última obra dele. O escritor, meio amalucado e estudioso dos assuntos da mente, notadamente a intuição, está acompanhado de belíssima mulher, surda-muda, por sinal. A moça é portadora de uma carta da mãe para o professor, o pai dela. O professor não sabia que tinha essa filha, pois a mãe escondeu o incipiente bucho e foi morar no Brasil, no Rio de Janeiro. Isso há trinta e quatro anos. A ex-amante enriquece no Rio, mas agora o marido da filha, renomado médico carioca, quer envenenar a sogra com remédios. A carta é um pedido de socorro, só que as circunstâncias desaconselham um texto claro. Resultado: o pedido é feito nas entrelinhas do texto. Mas a perspicácia do professor elucida tudo. O escritor, de tão intuitivo, recebe uma mensagem dando conta de que algo terrível vai acontecer no mundo. Esse algo é descoberto no fim da história, quando o professor está no Rio, desmascarando o médico, o genro desconhecido. O algo terrível não é nada, não é nada, é só uma revolta de D. Internete dos Pontos Dáblius, pois segundo ela, os governantes se valem dela pra tudo, mas deixam a população sem os satisfatórios serviços de Segurança, Educação e, sobretudo, Saúde. Então D. Internete resolve tirar férias e deixa o mundo inteiro sem os seus serviços, inclusive os aplicativos de textos. A prosa termina sem a revisão do livro do escritor, visto o instrumento de trabalho do revisor, o computador, naquele tempo chamado de PMG, não ter agora a mínima utilidade. No meio disso tudo ainda têm algumas cenas eróticas, mas desprovidas de obscenidades.