Este livro introdutório tem por objetivo demonstrar que a política de Nietzsche depende e é um capítulo da moral. É somente através da reconstituição da moral até uma época denominada por Nietzsche como pré-moral, que é possível refutar o contratualismo (especialmente na versão de Rousseau), que excluí a força e a violência como um dado essencial da formação da sociabilidade. Demonstraremos como, com a sociedade e a interiorização dos instintos, Nietzsche tece conceitos de culpa, má consciência, etc. Estes, por sua vez, são transformados nos ideais cristãos dos quais a democracia liberal é herdeira. Para Nietzsche, com a igualdade democrática, a humanidade é transformada em um rebanho homogeneizado, e com isso dá a vivência máxima do último homem, fisiologicamente mais fraco, que reduz sua felicidade à bem-estar e segurança. Tentaremos introduzir um dos aspectos mais importantes da filosofia-política nietzschiana que é a solução para sair dessa situação "decadente": cultivar o Além do Homem, um homem que não buscará interiorizar seus instintos, mas sim dar vazão a eles. Vamos juntos descobrir como Nietzsche propõe viver "além do bem e do mal"?