O curso progressivo de desenvolvimento tecnológico tem permitido ao fisioterapeuta buscar novas tecnologias de diagnóstico e acompanhamento clínico das disfunções posturais e da coluna vertebral. As avaliações posturais, tradicionalmente realizadas com recursos qualitativos de baixo valor agregado, tendem a se tornar quantitativas e digitais. Além disso, há uma preocupação crescente da comunidade científica quanto ao uso regular de radiografias no acompanhamento da evolução de deformidades vertebrais em crianças e adolescentes, como é o caso da escoliose idiopática. Estudos têm apresentado os malefícios da radiação ionizante para o tecido humano, e com maior efeito deletério em indivíduos jovens. Assim, nas últimas duas décadas, a necessidade de desenvolver metodologia de avaliação e acompanhamento das alterações da coluna vertebral de maneira não invasiva, sistematizada e livre de radiação ionizante, se tornou uma grande motivação para a ciência. As técnicas de topografia de superfície e visão computacional vêm ganhando espaço e estão sendo propostas a partir de diferentes métodos de aquisição das imagens corporais. Um desses métodos propostos é a Fotogrametria Computadorizada 2D, que se revela um importante dispositivo de avaliação, organização e gerenciamento, agregando valor à prática clínica da fisioterapia.