A história do Protestantismo é marcada pela luta contra a opressão religiosa e a busca pela liberdade de consciência. No entanto, ao longo dos séculos, os próprios reformadores e seus sucessores também impuseram rígidas normas doutrinárias, muitas vezes recorrendo à perseguição daqueles que divergiam de suas crenças. Embora a Inquisição Protestante não tenha sido institucionalizada como a Católica, houve momentos em que dissidentes religiosos foram censurados, exilados e até executados por suas convicções. Em Inquisição Protestante – O Assunto Proibido, o historiador e teólogo Anderson Souza se aprofunda nesse capítulo menos conhecido da história da fé cristã, explorando casos emblemáticos de repressão em territórios reformados. Da condenação de Miguel Servet em Genebra à perseguição dos anabatistas nos territórios luteranos, passando pelo rigor teocrático de João Calvino, a intolerância puritana na Inglaterra e o domínio presbiteriano na Escócia, esta obra traça um panorama detalhado das imposições doutrinárias e das punições aplicadas por aqueles que antes haviam sido perseguidos. Com uma abordagem equilibrada e embasada em fontes históricas, o autor também compara essas perseguições com a Inquisição Católica, analisando as semelhanças e diferenças nos métodos de repressão. A obra não apenas expõe os fatos, mas também reflete sobre o impacto dessa herança na tradição protestante moderna.