Nesta mistura entre tecnologia, busca de produtividade e medida de desempenho, os processos de organização do trabalho ganham nova dimensão. Decisões sobre novas reestruturações nas organizações podem pedir por parâmetros “sócio métricos”, algo absolutamente distinto dos padrões de decisão hoje praticados. Como esta realidade já é fato nas maiores empresas, com atuação globalizada (o artigo da Economist as listou), é impossível não perceber que será questão e tempo para que novos procedimentos de gestão ganhem espaço em empresas de menor porte que obedecem às mesmas regras de competição das grandes organizações.
Sem esquecer, obviamente, as mudanças impostas pela impactante realidade da globalização nas organizações. Inovação e comprometimento ganharam a irrecusável companhia das expectativas internacionais. O indivíduo e a empresa agem e reagem, hoje, no contexto brasileiro, obrigatoriamente a partir dessas expectativas. As organizações convivem, em todos os sentidos, com as pressões do mercado externo, seja pela presença do produto importado – que impõe a absorção de sucessivas ondas tecnológicas para manter competitividade “doméstica”, como pela constante necessidade do produto e serviço brasileiro disputar mercado externo. Esta realidade, a da presença do contexto internacional, é determinante, também, na sucessiva reestruturação do trabalho no País.
Mas, como entender, assimilar e conviver com eficiência com todas estas rápidas alterações? Como gerenciar pessoas no meio de tantas novas exigências? A proposta é exatamente a de ajudar, organização e indivíduo, a inovar, a comprometer e a administrar estas diferentes novas demandas. É uma tarefa e tanto. Aliás, a função da universidade é esta mesmo: ajudar a entender e a equacionar, inclusive com a teoria, os novos problemas e as novas tendências, o que implica pensar “administração” de um outro modo... Neste livro os autores apresentam uma proposta para operacionalizar esta ajuda."