"No frio sonâmbulo, o orvalho cai sobre nós.
Nossos corpos mortos, deitados ao relento.
Somos seres sem vida, sem cor e sem voz.
Somos os filhos do mundo, órfãos do tempo."
1ª estrofe do poema Desespero (do) urbano.
Com uma poesia genuinamente humana e com um quê de musical, Oliveira busca trazer à tona, a seu modo, os sentimentos ingênuos e genuínos de um jovem intenso e apaixonado – pela vida, pelo mundo, pela existência. Sua poesia flerta com as sensações mais humanas: o amor, o ódio, a angústia, a incompreensão, o inconformismo, o não-pertencimento. Os poemas aqui reunidos narram, inconscientemente, o processo de autodescobrimento e evolução de um jovem poeta que busca a originalidade. De maneira genuína, essa obra destina-se a todos e a ninguém — não espere nada e encontre tudo, ou vice-versa.