Estruturada em três capítulos, esta obra problematiza representações construídas pelos professores de alunos com deficiência intelectual acerca da inclusão escolar, de si e do outro tido como "anormal". Trata-se de uma investigação inscrita no viés discursivo, desenvolvida por meio de pesquisa bibliográfica e procedimentos de campo (observação direta e aplicação de entrevistas), mediada pela arqueogenealogia de Foucault (2008a). Como arcabouço teórico, apoiamo-nos em Hall (2016), no que se refere à representação, e nas teorias da Análise do Discurso, sobretudo quanto ao conceito de relações de poder e resistência de Foucault (1979; 1988; 1996; 2008b) e à questão de inclusão/exclusão em Mantoan (2015) e Pacheco (2006). O corpus da pesquisa foi constituído por recortes de dizeres de dezesseis professores de alunos com deficiência intelectual. No primeiro capítulo, apresentam-se as condições de produção dos discursos analisados; no segundo, são discutidos conceitos essenciais da disciplina; e, no terceiro capítulo, encontra-se a análise de vinte e três recortes selecionados do corpus e organizados em três eixos temáticos: representações da inclusão escolar: poder e resistência, representações de si: sujeito da falta e representações do outro: conflito entre o normal e o anormal.