Em Improvisação Livre: política da música e experimentação musical, proponho um debate acerca das relações entre a música e a política na chamada improvisação livre, partindo da materialidade sonora e das lógicas que recortam e compõem o continuum sonoro. Os primeiros três capítulos do livro introduzem esse problema e fornecem uma base teórica para a discussão propondo pensar a relação entre a música e a política a partir do conceito de política da música, ou seja, a ruptura da distinção abstrata entre som e ruído e a suspensão dos seus efeitos concretos. Nos capítulos seguintes, a discussão foca-se na improvisação livre, em suas lógicas e no modo como atualiza a política da música e aponta para uma ruptura não somente do espaço sonoro, mas também da distribuição das capacidades humanas.