Todos os olhos se voltam para a Amazônia com a COP 30. No centro do debate está a pecuária e os meios de produção. Negar as evidencias climáticas é fechar os olhos para uma forma de vida racional. Não se trata de uma questão do futuro das próximas gerações, mas da geração atual. Nos últimos anos temos nos deparado com enchentes e queimadas em proporções jamais vistas. Exemplos, como as enchentes no Rio Grande do Sul (2023 e 2024), as queimadas no centro-oeste (2024) e, um pouco antes, os rompimentos de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), os seus efeitos, assim como as ações dos poderes, nos leva a evidencia de que a questão ambiental não é apenas uma questão social, da ciência, dos empresários ou da política, visto que os seus impactos rompem fronteiras e atingem a todos. Essa é uma questão da humanidade. É nesse sentido que é proposto um modelo de gestão ambiental sustentável para as indústrias. Para tanto, foi feito um levantamento minucioso da formação da pecuária no Acre, sendo um valioso estudo da formação econômica e dos valores da sociedade e dos empresários acerca da questão ambiental. Faz tempo que se discute um modelo de pecuária sustentável, especialmente quando tratamos da Amazônia. Esse estudo vai muito além de tratar das implicações da indústria frigorifica no Estado do Acre e dos seus efeitos, mas também avaliar as políticas públicas implantadas e que resultaram no modelo econômico baseado na pecuária de corte e em propor um modelo de gestão sustentável para a indústria frigorífica. O paradoxo acontece quando abordamos um modelo altamente eficiente no abade, produção de carne e comercialização do gado bovino, em comparação com a qualidade de vida, redução da desigualdade e o índice de desenvolvimento humano na região. Esta obra é parte do estudo de doutorado do autor, pela Universidad de Salamanca (ES), aprovada por autoridades, como: Dr. Óscar Carpintero Redondo (professor orientador), da Universidad de Valladolid, e Dr. Xoan Ramon Doldan Garcia, da Universidade de Santiago de Compostela.