Ninguém precisa ser um especialista em inclusão para lidar com as diferenças. É importante ter o desejo de acolher e a vontade de aprender sobre o outro.
Julie Goldchmit tem 25 anos e é assistente de marketing de uma das maiores empresas de produtos de consumo do mundo. Ela tem uma excelente memória e rapidez na leitura e gosta muito de fazer amizades. Hoje, Julie tem muitos amigos, ama a sua profissão e se sente pertencente ao seu trabalho. Mas nem sempre foi assim.
Até os seus quinze anos, Julie viveu sem saber que tinha Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na escola, passou por dificuldades de aprendizado, exclusão e bullying. Ela não tinha amigos e se sentia invisível. Depois, precisou enfrentar a falta de vagas para pessoas com deficiência em empregos formais e sofreu uma série de assédios no ambiente de trabalho – tudo por ser diferente. Ou melhor, imperfeita. Mas, afinal, o que é ser perfeito?
Durante a sua jornada, Julie descobriu que todos nós temos dificuldades e ninguém faz nada sozinho. Além da família, pôde contar com uma rede de apoio composta por médicos, psicólogos, professores, ativistas, especialistas, amigos e colegas de trabalho, que contribuíram significativamente para o seu crescimento pessoal e profissional.
Com este livro, Julie quer encorajar as pessoas a se aceitarem como são e mostrar para as empresas que a inclusão social é benéfica para toda a sociedade. Porque, apesar das diferenças, existe algo que nos torna iguais: somos todos imperfeitos.