A nova obra do historiador Giovane Pazuch analisa o cotidiano dos deslocamentos e os conflitos surgidos das relações de poder e sociabilidade entre os imigrantes italianos e desses com as autoridades civis e religiosas, através das redes familiares e parentais, para ocupar espaços e posições de poder na colônia de Silveira Martins - RS. O recorte temporal da pesquisa abarca o período entre 1877 e 1920, para possibilitar a compreensão das permanências e das rupturas nas relações de poder ao longo do tempo entre os próprios imigrantes e desses com o Estado brasileiro e a Igreja Católica. O recorte espacial abrange o território da região da Quarta Colônia, composto pela sede da colônia de Silveira Martins, suas linhas, travessões e "Sociedades da Capela". O autor também busca analisar o protagonismo das mulheres e suas jornadas de trabalho como educadoras e trabalhadoras: no lar, cuidando dos filhos e da casa, e no campo, cuidando da lavoura e dos animais junto ao esposo e aos filhos.