A obra aborda a sociabilidade entre os imigrantes italianos e suas relações de poder com a Igreja Católica e o Estado Brasileiro entre os anos de 1885 e 1945 na colônia de Antônio Prado no estado do Rio Grande do Sul. A partir de 1885, os imigrantes italianos começaram a derrubar a mata para ocupar os espaços e os lugares da colônia, onde reproduziram as vilas de origem da Itália com uma arquitetura própria. O estudo busca examinar os conflitos surgidos durante a formação de uma nova identidade denominada "ítalo-brasileira" na colônia, constituída através da religião católica e do talian como língua de identificação cultural. Os imigrantes adaptaram as tradições e os costumes que trouxeram da Itália para o Brasil à nova realidade vivida na colônia, onde adquiriram características próprias da sociedade rural. A catolicidade e a italianidade dos imigrantes italianos na colônia se formaram e se desenvolveram nas Sociedades da Capela, as quais possibilitaram o surgimento de uma identidade local própria com base na tradição e nos valores familiares e comunitários.