Este livro é o resultado de uma dissertação de mestrado, realizada entre 2012 e 2015, que teve por objetivo estudar o imaginário acerca da juventude atual, contrapondo-o com leituras de outros momentos históricos, mais precisamente das décadas de 1960 e de 1980, o que possibilitou a comparação de diferentes gerações.
O estudo se realizou por meio da análise das narrativas fílmicas – "Somos tão Jovens" (2011) e "Confissões de Adolescentes" (2013) – e das narrativas de receptores. As perguntas que nortearam a pesquisa foram: como os filmes "Somos tão Jovens" e "Confissões de Adolescentes" concebem juventude? E como os jovens receptores equacionam suas próprias narrativas baseadas no filme e em suas experiências de vida cotidiana?
Resumidamente, trata-se de um estudo de recepção cinematográfica que se estruturou a partir das reflexões sobre "cultura de massa" e imaginário de Edgar Morin, e a partir da "chave metodológica" de Jesús Martín-Barbero: a mediação. Neste estudo foram utilizadas a "mediação situacional", a "mediação midiática" e a "mediação geracional". A base teórico metodológica também privilegiou as formas de apropriações (a "leitura dos usos"), caminho apontado pelos Estudos Culturais Ingleses, em especial, por Raymond Willians.