Adão falava hebraico? E Abraão? E se Moisés, hipoteticamente, se encontrasse com Davi, eles conseguiriam conversar sem um intérprete? Um dos objetivos desta obra é desmistificar a tradicional ideia de que o Antigo Testamento foi escrito em apenas dois idiomas (hebraico e aramaico), apontando o desenvolvimento linguístico que abrangeu os períodos em que viveram os autores dos textos sacros que, posteriormente, teriam seus escritos – nos vários idiomas e dialetos em que foram escritos – traduzidos e padronizados para um dos tipos do hebraico, resguardando, eventualmente peculiaridades daqueles, ainda que em poucas ocasiões tenham preservado das traduções tipos distintos de aramaico, o que viria a dar base a esta tradição tão enraizada no cristianismo.