Identidades indígenas em perspectiva – ressignificação, negociação e articulação entre espaços formativos lança um olhar sobre como as relações interculturais constituídas entre tempos e espaços distintos vão produzindo as representações de identidades. O livro mostra que as identidades indígenas desenvolvem-se na articulação e na negociação entre contextos de aprendizagem plural, pois são experiências formativas que circulam entre o novo e o velho, entre tradição e tradução. A comunidade/escola constitui-se como espaço/tempo de produção de identidade, que articula e negocia diferentes conhecimentos/saberes que permeiam os modos de ser indígena. Aparecem no livro algumas narrativas de professoras Arara (Karo Tap) a respeito de suas histórias, as quais entrelaçam a colonização amazônica e as práticas culturais que produzem representações e que caracterizam as identidades dessas professoras Arara (Karo Tap). A descrição e a análise dos lugares ocupados pelas professoras, tanto no âmbito não escolar quanto no escolar, têm como base as interlocuções teóricas que advêm do campo dos Estudos Culturais, das Teorias Pós-Coloniais e do grupo Modernidade/Colonialidade.