Há sempre alguém a dizer, já quase um lugar comum, que a vida é feita de instantes. Fato é que em ínfimos instantes extingue-se uma vida ou se transforma radicalmente. Nesse sentido é que os contos (ou ‘contas’) de “O homem em sua casa de vidros” visa a flagrar fragmentos de vida plenos de significado, como um instantâneo de fotografia. São, por assim dizer, mínimas tragédias, muitas sutis e delicadas como um estado de alma.