Durante a Segunda Guerra Mundial, o cinema emergiu como uma das mais potentes ferramentas de propaganda ideológica. Nos Estados Unidos, Hollywood assumiu um papel central na disseminação de narrativas antinazistas, tanto dentro do próprio país quanto no exterior. Este livro explora o confronto cultural entre o cinema americano e o cinema nazista alemão, focando especialmente em sua presença e influência no Brasil. A obra destaca a circulação de três filmes emblemáticos: "Hitler, a Besta de Berlim" (1939), "Os Filhos de Hitler" (1943) e "Educação para a Morte" (1943). Empregando a História Social do Cinema, o livro oferece uma análise detalhada do contexto de produção, da narrativa e da recepção dessas obras, investigando também seu impacto político e ideológico nos Estados Unidos e no Brasil. Nos anos 1930, o cinema alemão teve uma presença significativa no Brasil. Entretanto, com o avanço da Segunda Guerra Mundial, as produções nazistas foram excluídas do país, abrindo caminho para a hegemonia do cinema estadunidense. Este, promovendo os valores do "American Way of Life", conquistou o público e incentivou o apoio ao esforço de guerra aliado, impulsionado pelos investimentos do Office of the Coordinator of Inter-American Affairs. O livro, portanto, analisa as características do gênero antinazista no cinema de Hollywood e o papel crucial desses filmes na mobilização do "home front", tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.