Hipnos e Thânatos – Crônicas do Sono e da Morte é um livro de contos cujos enredos foram desenvolvidos em cima de fatos e acontecimentos casuais, como o desabamento de um prédio, o soterramento de uma casa, causada pela chuva, o assassinato de um policial, o funeral de um advogado ateu, as elucubrações da mente de um psicopata, as cerebrinas concepções de um assassino etc. Outros têm o seu enredo elaborado em cima de temas religiosos, como a sobrevivência de alguma forma de consciência após a extinção do organismo físico. Todos tratam, de alguma maneira, sobre as expectativas, os temores e as crenças que temos sobre o que nos acontece (ou não) após a morte.
Hipnos é o deus do sono na mitologia grega. Segundo a tradição, é a divindade que interfere no espírito dos mortais, inspirando a prática de estranhos comportamentos e a adoção das mais variadas crenças. Daí o termo hipnose, cuja prática sugere uma incursão nas profundezas da nossa atividade cerebral, para de lá emergir com informações que a nossa mente cancelou, omitiu ou distorceu, para fins de amoldar a consciência à lógica que deve presidir a nossa vida diária.
Thânatos, na mitologia grega, é a personificação da própria morte. Era a deidade que presidia o fenômeno da desencarnação, cuja representação visual era a de uma nuvem prateada que arrebatava a vida dos mortais. Daí o termo tanatologia, ciência que designa o estudo das causas que levam um ser humano à morte.