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Hipátia

Hipátia

Sinopse

Caras leitoras e leitores, com muita alegria, neste último dia de 2016, publicamos o primeiro número da HIPÁTIA – Revista Brasileira de História, Educação e Matemática. A HIPÁTIA foi oficialmente criada em 8 de março de 2016, dia Internacional da Mulher, a partir de duas concepções principais: ajudar a ampliar o espaço da mulher e do jovem pesquisador (mestres, doutorandos ou doutores que tenham obtido título há, no máximo, cinco anos) na ciência no Brasil. A primeira das concepções é relevante não só porque historicamente as mulheres normalmente foram deixadas à margem da ciência, como também, mesmo quando isso não ocorreu, acabaram tendo seus nomes apagados ou relegados a segundo plano pelos historiadores da ciência. A segunda porque, por um lado, há revistas de iniciação científica, por outro, os periódicos já consolidados acabam por privilegiar trabalhos de pesquisadores já com carreiras consolidadas: há uma lacuna entre esses dois momentos. Nesse contexto, a escolha pelo nome da matemática grega Hipátia (370-415) para a nossa Revista Brasileira de História, Educação e Matemática mostra-se relevante. Hipátia é a primeira matemática que se tem registro na história, tendo se destacado também pela sua condição de defensora da liberdade de pensamento e pela sua atuação dentro da educação na Grécia: a sua escola de filosofia atraia jovens estudantes de todas as partes do mundo romano. Quando falamos em ampliar espaço estamos nos referindo à composição de nossos conselhos editorial e científico e dos autores dos artigos que publicamos: procuramos obter maioria de pesquisadores que atendam a pelo menos uma das concepções. No caso desta primeira edição, isso não foi particularmente difícil. Neste momento, do total de 48 conselheiros, 37 são jovens pesquisadores e 29 são mulheres. Com relação aos trabalhos, dos 10 autores, 8 são jovens pesquisadores e 7 são mulheres. Em termos de temáticas, esta primeira edição está bem distribuída entre as três que ajudam a dar título à nossa revista: temos 3 trabalhos de história da matemática (ALGUNS ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DO CONCEITO DE FUNÇÃO, de Edna Maura Zuffi; O QUINTO POSTULADO DE EUCLIDES COMO HISTÓRIA DE PROBLEMAS, de Línlya Sachs; e PRIMEIRO COLÓQUIO BRASILEIRO DE MATEMÁTICA: UMA BREVE APRESENTAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO FEMININA, de Angelica Raiz Calabria e Mariana Feiteiro Cavalari); 2 trabalhos de educação matemática (QUERIDO DIÁRIO: O QUE DIZEM AS NARRATIVAS SOBRE A FORMAÇÃO E A FUTURA PRÁTICA DO PROFESSOR QUE ENSINARÁ MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS, de Américo Júnior Nunes da Silva e Carmen Lúcia Brancaglion Passos; e AS RELAÇÕES COM O SABER ESTABELECIDAS NA AÇÃO DO PROFESSOR EM SALA DE AULA: INVESTIGAÇÕES REALIZADAS COM O USO DA MATRIZ 3X3 ENTRE OS ANOS DE 2011 A 2014, de Diego Fogaça Carvalho e Vanessa Largo; 1 trabalho de matemática (OS TRIKERNELS DE STRATONOVICH E DE BEREZIN PARA J=1 E J=3/2, de Nazira Hanna Harb); e 1 resenha de um trabalho de educação matemática (por Henrique Rizek Elias). Esperamos que tenham uma boa leitura e agradecemos a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que esta edição pudesse ser publicada.