Dentro de um cenário em que a educação da criança desvalida tornava-se objeto de interesse de diferentes atores e saberes, entre os quais se incluíam os médicos higienistas, o Asilo de Meninos Desvalidos (1875-1889) foi criado como instituição-modelo na Corte imperial. A análise da experiência da instituição nos revela a complexidade da sua dinâmica, permeada pela intervenção de diversos interesses e práticas clientelistas, bem como os possíveis impactos que a medicina higienista trazia em relação às políticas públicas para a infância no Brasil.