A Educação Infantil ainda enfrenta um cenário de lutas para seu reconhecimento e efetivação. No que se refere à educação para as relações étnico-raciais, existem vários outros desdobramentos. Observa-se um contraste entre o cenário legal e a realidade social e escolar existentes. No entanto, o fato é que as leis já abrem espaço para visualizarmos possibilidade de educação antirracista e igualdade racial entre as crianças na escola. O que perguntamos, essencialmente, é: "Será que as escolas da infância cumprem com as exigências legais que amparam a educação antirracista?". Buscamos responder a essa e outras questões nesta obra.
O presente texto está subdividido em seis capítulos. O primeiro, intitulado "Eu sou branca escura", é a apresentação da obra pela autora, que, com escrevivências, pontua delineamentos sobre a obra. O segundo capítulo analisa os direitos das crianças que frequentam a Educação Infantil em relação às questões étnico-raciais. O terceiro capítulo traz a trajetória metodológica para a realização das análises de dados da investigação. No quarto capítulo, as discussões escancaram os cenários da Educação Infantil brasileira, no que se refere à temática. O penúltimo capítulo tem o complexo desafio de trilhar caminhos e considerações a respeito da de(s)colonização dos currículos e contraestratégias de ensino. Por fim, a autora faz considerações a respeito da obra, do processo de elaboração e de encaminhamentos futuros da luta antirracista nas escolas.